Brasil - Espanha (2 - 2 ap.) 6 - 5 penaltis
Numa final empolgante, só resolvida através da lotaria das grandes penalidades, o Brasil venceu a Espanha por 6-5, recuperando o título de Campeão do Mundo que já lhe fugia há 12 anos. No final, os cerca de 11 mil brasileiros que lotaram por completo o Maracanãzinho, explodiram de alegria, contrastando com a desolação espanhola. Tal como se esperava, as duas equipas entraram a respeitar-se mutuamente. Os primeiros minutos foram jogados de forma muito táctica. Mas à medida que o tempo foi passando, os brasileiros começaram a assumir as despesas da partida, criando mesmo as melhores oportunidades do primeiro tempo. Vinícius, em posição privilegiada, permitiu a defesa de Luís Amado, aos 12', e três minutos mais tarde, Schumacher desperdiçou um golo que parecia certo, ao atirar ao lado, numa situação em que os brasileiros estavam em clara superioridade numérica. Com o segundo tempo vieram os golos. O primeiro surgiu para o lado brasileiro aos 24', numa altura em que a partida se encontrava numa toada de equilíbrio. Marquinho marcou um canto, enviando a bola para o interior da área espanhola, que sofreu um desvio de Borja antes de entrar na baliza. A reacção da Espanha ao golo sofrido não se fez esperar e volvidos quatro minutos, conseguiu chegar à igualdade através de um remate potente de Torras, num lance em que o guarda-redes brasileiro poderia ter feito mais. No minuto seguinte, a equipa comandada por Venâncio Lopez esteve muito perto de dar a volta ao marcador, quando Marcelo se isolou, mas permitiu a defesa de Tiago. O jogo entrava numa fase de nervos e as duas equipas sabiam que o mínimo erro poderia ser fatal. Aos 35', uma defesa incompleta de Luis Amado, permitiu a recarga de Vinícius, que de baliza aberta, embora apertado por dois defensores contrários, atirou ao lado. No minuto seguinte, o capitão brasileiro não perdoou e, após duas defesas do guarda-redes espanhol, conseguiu finalmente, à terceira tentativa, introduzir pela segunda vez a bola na baliza de Luis Amado. Restavam quatro minutos para jogar e o treinador espanhol pediu de imediato o seu tempo técnico, que serviu para colocar Kike como o quinto elemento de campo, o que viria a surtir efeito dois minutos depois. Fazendo uso da sua paciência habitual quando joga de 5x4, a selecção espanhola, consegui igualar de novo a partida, através de Alvaro, que aproveitou uma sobra de bola no interior da área para fazer um golo fácil. Até ao final dos quarenta minutos não houve mais nenhuma alteração no marcador, pelo que as duas equipas foram obrigadas a tempo extra. No prolongamento, ambos os conjuntos entraram limitados pelas cinco faltas que já tinham atingido, levando-os a correr poucos riscos, o que fez com que a decisão do encontro fosse adiada para as grandes penalidades. Aí, o seleccionador brasileiro, Paulo César, tomou uma decisão que acabou por ser a chave para a vitória da sua equipa, ao colocar Franklin em campo, ele que até aí não tinha sido utilizado. O experiente guarda-redes brasileiro defendeu dois castigos máximos, oferecendo o título mundial ao escrete. Pelo que fez ao longo da competição, o Brasil mereceu inteiramente conquistar o troféu, uma vez que se revelou o conjunto mais forte. Por seu lado, a Espanha fez esta tarde um jogo ao seu melhor nível, mas desta vez não foi suficiente para alcançar o título.
Jogadores das equipas finalistas:
Brasil: Tiago, Gabriel, Schumacher, Lenísio, Marquinho. Jogaram ainda: Franklin, Ari, Ciço, Vinicius (C), Betão, Falcão e Wilde
Espanha: Luis Amado, Eseverri, Javi Rodriguez (C), Kike, Marcelo. Jogaram ainda: Ortiz, Torras, Fernandão, Alvaro, Andreu, Borja e Juanjo
in: FutsalGlobal.com
foto: Fifa.com
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